terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Um pão de leite acabado de fazer, uma foto que ficou esquecida e dois dedos de paleio

Ao contrário do habitual, este post não vai ter receita nem fotografia, é que neste preciso momento, estou a lambuzar-me com um pão de leite fresquinho, receita retirada do "Tesouro das Cozinheiras" e a preguiça de ir buscar a máquina que está longe (no compartimento do lado a carregar), montar o cenário e todos os afins, ía-me retirar estes pequenos minutos de prazer e não haja a menor dúvida que comer é, além de uma arte,  um prazer. É claro que não precisamos de exagerar na dose diária para sermos um apreciador de bons petiscos e nem tão pouco utilizar ingredientes, num determinado prato, que de antemão sabemos que são prejudiciais à saúde e com isto estou-me a lembrar dos malfadados caldos Knorr, Maggi e umas quantas outras marcas existentes no mercado mas também da quantidade exagerada de natas que podem ser facilmente substituídas por molho bechamél ou iogurte natural magro. E porque não começarmos a usar tomate fresco congelado em vez das polpas de compra cheias de aditivos e conservantes químicos? Claro, não é tão prático, rápido mas quando não temos muito tempo para fazer o jantar não é preferível optarmos por um menu de confecção simples em vez das artificialidades facilitadores da vida e que nos levam rapidamente para a cova?  Exagerar? Tão pouco, lembrem-se apenas das estatísticas mundiais acerca dos AVC, tromboses e outras doenças que evoluem, também, com base nos maus hábitos alimentares.
"O sabor não é o mesmo..." dizem alguns que como contra resposta "claro que não, é melhor". Tudo isto se baseia na pura preguiça, é mais fácil, não dá trabalho logo nem quero saber se estou a contribuir para que os meus filhos sejam futuros adultos de risco (saúde) e como todas as campanhas que se vêm só servem para gastar o dinheiro dos contribuintes e é tudo uma treta vou continuar a ingerir fast food em vez de uma sopa de couve e feijão vermelho.
Um bom prato, para ser confeccionado, não precisa de muita arte mas sim de gosto e, no fundo, amor pelos pratos e pelas panelas mas mais importante, amor por aqueles que nos rodeiam, não pediram para nascer e temos o dever de cuidar e amar.
Posso dizer, à boca cheia que os meus são felizardos, a mãe até bolachas e biscoitos faz, produtos fabricados de forma industrial são ingeridos mas em quantidades muito reduzidas. Batatas fritas de pacote? Também comem, quando vão a algum aniversário. Refrigerantes? No aniversário. Gomas, rebuçados e afins? Como todas as outras crianças só que em vez de comerem um quilo apenas comem um e as gomas é a mãe que faz.

Acabei o meu pão de leite e já estou com vontade de ir buscar outro mas não, a gula é uma absoluta inimiga do bem apreciar. Comer até rebentar? Deixemos essa moda na história e passemos a comer com inteligência para não passarmos a vida a fazer dietas desnecessárias (falo de pessoas saudáveis) que nos privam das alegrias que estes pequenos prazeres nos dão e com isto, apenas me vem à memória duas modelos a saír de uma confeitaria muito conhecida na Boavista, Porto, com dois enormes cones de gelado na mão a rirem-se como duas crianças. As gordinhas são mais felizes? Honestamente não sei, já li muita coisa sobre o tema, opiniões contra outras a favor mas o que sei é que quando a auto-estima não depende de factores externos (opiniões dos outros por exemplo, critica social) são mais bem dispostas. Mas, e as magras que comem este mundo e o outro? Essas são o paraíso na Terra.

(Juro que, neste momento, estou-me a contorcer para não atacar o pão)

Mas todo este blá blá blá porque motivo? Apenas para me justificar perante a plateia, do destino de tantas coisas doces confeccionadas, embora muitas sejam para consumo dos da casa, a maioria são para clientes (um pequeno negócio caseiro) e outras para os muitos jantares que vão havendo aqui ou em casa de amigos e para tentar chamar à atenção dos educadores das crianças pequenas para os hábitos alimentares que incutem nos próprios filhos desde pequenos, é assustador, especialmente aqui em angola, ver o que estas crianças comem e especialmente o que bebem, suponho que muitas delas não devem saber o que é água pois desde o ano ou mais novas que só sabem beber refrigerantes incluindo a coca-cola.

Cuidem-se e já agora, aproveitem a dita crise Tuga para aprenderem um pouco de economia doméstica e desenterrarem do baú alguns pratos com que éramos brindados na nossa infância, mesmo desconhecendo, a verdade é que as nossas mães e avós cozinhavam de forma muito saudável e poupada.






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